“Já que não podes comprar doses de paz ou comprimidos de paciência, nem adquirir frascos de esperança ou injeções de fé nas instituições do mundo. Ora em silêncio e confia em Deus esperando pela Divina Providência, porque Deus tem estradas onde o mundo não tem caminhos”.
(Anônimo).
Quase sempre o homem desligado dos valores espirituais, sonha com a paz entre as criaturas, nascida dos movimentos armados e das revoluções sociais violentas, obedecendo à impaciência e aos hábitos do menor esforço.
Entretanto, as criaturas que despertam para as realidades da alma, sabem, dentro de suas consciências, que a paz é conquista individual e paulatina que surge a partir do esforço na direção da transformação moral, dentro da intimidade de cada um.
E essa paz, nasce, a cada dia, do esforço que envidamos na direção do melhor.
Todas as bênçãos da vida jamais são obras do milagre ou da mágica, mas conquistas da constância em nossos atos de amor, trabalho, tolerância, perseverança e perdão.
Ninguém atingirá a harmonia íntima sem lutar pela elevação moral, assim como ninguém colhe o que não plantou.
E nossa elevação moral nasce da consciência das nossas imperfeições e de nossas fraquezas.
Nós ainda estamos adormecidos para as realidades da vida, vivemos uma “miopia coletiva” em relação a nós próprios, não conseguimos ainda enxergar as nossas deficiências, as nossas falhas e os nossos defeitos.
E para evoluirmos e conseguirmos a almejada paz precisamos nos conhecer. Como já dizia o filósofo da antiguidade: “Conhece-te a ti mesmo”.
Dessa forma, a paz que Jesus nos deseja, há de nascer da melhoria moral do indivíduo, no esforço diuturno para transformar-se no Homem Novo, referido por Jesus.
Assim, cada criatura deve buscar a libertação do seu espírito através da educação moral dos seus sentimentos e pensamentos, desejos e atitudes, para que da paz de cada um se atinja a paz do planeta que vivemos.
Se queres paz, plante a paz.
Patricia Gonçalves Teixeira, trabalhadora da UEFA desde 1990.